O futuro do nosso futebol se chama Estêvão e a mesmice Neymar
Enquanto a Espanha exalta o futuro, enaltecendo a genialidade de um jovem de 16 anos como Lamine Yamal, por aqui a seleção brasileira vê como saída o passado com Neymar aos 32 anos e que ainda nem voltou a jogar depois de uma cirurgia de lesão de ligamentos cruzados.
Ao invés de falarmos sobre Vinicius Jr., Endrick, Estêvão e outros ótimos jogadores jovens que estão surgindo, estamos comentando o mesmo erro desde 2006. A seleção brasileira não se renova e sempre pensa no passado como solução.
Estão esperando que o Neymar faça uma coisa que ele nunca fez na seleção brasileira. Ele jogou três Copas e nem na final chegamos, mas a culpa é dos outros.
Com ele só ganhamos uma Copa das Confederações, que é um torneio que nem existe mais. Com ele o Brasil participou de três Copas Américas (2011/2015/2021), só chegamos na final em 2021 e perdemos no Maracanã para a rival Argentina.
Nesse meio tempo fomos campeões da Copa América em 2019, também aqui no Brasil, mas sem que Neymar participasse. Só para deixar claro que quando ganhamos a medalha de ouro ele foi realmente determinante na reta final do torneio fazendo o gol de falta contra a Alemanha, além de marcar o último pênalti.
Seleção olímpica é outro treinador, outro uniforme e são outros jogadores sendo outra modalidade, ou seja, não é seleção principal.
Não estou dizendo que ele não possa fazer parte desse processo, mas a esperança são os jovens. Os 'Neymarzetes' falam e enaltecem coisas que ele não fez como se tivesse feito.
Como que com 32 anos, sem jogar há um ano, Neymar pode ser a esperança, se nem jovem conseguiu fazer algo importante para seleção brasileira?
Alguém irá dizer: 'Casão, larga do pé dele porque ele é o maior artilheiro da seleção'. Esse feito é individual e para conseguir esse feito tiveram que tirar gols do Pelé que sempre foram considerados.
Outro pode dizer assim: 'Você sempre critica o Neymar porque ele é de direita'. Bom, nunca avaliei ninguém pelo lado político, aliás, sou eu quem sofro ataques pela minha escolha na política.
A questão é que com esse pensamento arcaico de que alguém com 32 anos seja a esperança da seleção brasileira, não iremos sair do lugar porque estamos fazendo isso há anos.
Estêvão é a grande revelação do futebol brasileiro, é nesse garoto que devemos apostar, assim como a Espanha está fazendo com Lamine Yamal, que com 16 anos já fez gol numa semifinal de Eurocopa, já é a sensação do torneio e poder ganhar todos os prêmios, menos o de artilheiro nessa competição.
Opinião
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.
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